Por reintegração pictórica entende-se a ação e o efeito de restituir as propriedades originais à camada pictórica. A pintura e o verniz recuperam o aspecto original da obra. Contudo, cabe assinalar que a reintegração pode não ser duradora se o restaurador optar em interferir o minimo possível. Neste caso é fundamental realizá-la com materiais reversíveis.
O primeiro passo desta reintegração pictórica constitui na aplicação da cores para igualar o tom de base das lacunas, em relação ao tom da pintura original.
A seguir, procedeu-se ao retoque das lacunas até se conseguir um aspecto similar ao da capa do quadro quanto à cor, reconstituindo as formas perdidas.
Lacuna de cor
Também denominado retoque neutro, consiste em reintegrar as lacunas, aplicando uma cor neutra, adequada à cor dominante na camada original da pintura. Emprega-se quando for impossível ou inoportuno reintegrar o aspecto original.
Existem duas possibilidades para a reintegração da camada pictórica: A ilusionista e tratteggio. O retoque ilusionista consiste na reintegração total da lacuna, tanto quanto à forma como cor, para simular o aspecto original da obra.
O tratteggio, também chamado de raiado, é uma técnica que se desenvolveu na Itália, entre 1945-1950. Com este método reintegram-se as lacunas mediante finos traços de cor que justapõem, e que se ajustam em espessura e cor ao original.
